Bem vindos ao meu Blog!

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quinta-feira, 4 de abril de 2013

Museu Virtual




Conhecendo o entorno escolar e suas histórias

Cristiana Rehbein

   Resgatar o passado é uma maneira de preservar a história de um determinado local. Lidamos com testemunhos parciais, e a junção de relatos de líderes e pioneiros, acrescentadas de pesquisas etnográficas e bibliográficas de jornais e livros, nos trás uma riqueza cultural, a qual diz respeito a todas pessoas inseridas em uma comunidade. Para que não se perca esta riqueza, venho propor a apresentação e a sistematização de dados coletados, referentes ao entorno escolar na forma de um “Museu Virtual” para que a comunidade possa conhecer melhor a escola e a si mesma.
    Localizada na localidade de Linha do Rio, interior de Candelária, a Escola Municipal de Ensino Fundamental  São Paulo teve o inicio de suas atividades marcado na sede de um antigo armazém. Uma experiência que deu certo, e gerou na comunidade escolar, a vontade de ter um prédio próprio para que se desenvolvesse atividades educativas. A comunidade se unio, parte do armazém existente foi derrubado, e por meio de doações de tabuas e tijolos, fora construído o primeiro prédio da escola, existente até hoje.

Imagem 01: Lado esquerdo da foto: Antigo Armazém, onde funcionava a escola.
Fonte: Arquivo Escola Municipal de Ensino Fundamental São Paulo

     A denominação do nome da escola, veio através do seu primeiro professor, Sr. Leopoldo Wille, professor Estadual do Ensino Fundamental, que por motivo de fé a denominou como Escola Municipal São Paulo em homenagem ao apostolo São Paulo, patrono da escola.
Imagem 02: Patrono da Escola
Fonte: http://www.sintoniasaintgermain.com.br/santos.html

    Por muitos anos a escola era mantida pela comunidade. Composta por aquele único prédio que só ampliou-se quando o município apoderou-se dela. Hoje ela conta com 3 prédios com 12 salas de aula, sala de direção e supervisão, sala dos professores,biblioteca, laboratório de informática, sala de recursos especiais, sala de educação infantil, pracinha, sala de artes, cozinha, refeitório, ginásio, barzinho, campo de futebol, além de uma ampla área de circulação.
Imagem 03: Ampliação da Escola com a apoderação do município
Fonte: Arquivo Escola Municipal de Ensino Fundamental São Paulo.



Imagem 04:    Predio Atual
Fonte: Acervo Pessoal


   Hoje, atende as mais distintas localidades, sendo elas: Linha do Rio, Costa do Rio, Chapadão, Barra do Quilombo, Quilombo, Linha Ana, Linha São José, Três Cunhados, Linha Alta, Linha do Sul, Linha Facão e Faxinal, atingindo a um público de mais de 250 alunos.
Imagem 05:  Divisa de localidades
Fonte: Acervo Pessoal


Mas o que teria contribuído para que a escola se constituísse em tal local?
Bem, se realizarmos uma analise do entorno, veremos de que poderia ser um ponto estratégico, e a localidade de Linha do Rio, desde a muito tempo vem se destacando em seu desenvolvimento, bem como sua forma de organização.
   Vejamos alguns exemplos:
Antigo Armazém:  Era um dos principais locais onde a comunidade comprava e vendia seus alimentos de consumo, bem como se reuniam aos domingos para jogar o tradicional jogo de “schafkopf”¹.
¹ Schafkopf é um jogo de cartas típico de Baviera , Alemanha. Trazido pelos imigrantes alemães e cultivado até hoje. A tradução literal do nome é cabeça de ovelha", ainda que não parece ter relação com a mecânica nem com as cartas.

       O  armazém, era a maior casa comercial existente na região, conforme relatos de líderes e pioneiros, “Tudo que tinha na cidade, tinha na casa comercial do Carlos Rohde”. Tudo sempre estava disponível para venda desde o menor prego, até a mais sofisticada roupa. Era um tempo de trocas e confiança. Onde a comunidade tinha a credibilidade de comprar seus produtos e “paga-los” na safra, entregando ao dono do estabelecimento uma parte da safra colhida.

Imagem 06: Antigo armazém
Fonte: Acervo Pessoal


   A localidade também se destacava por possuir o primeiro hospital do município, o qual atendia a comunidade e região. Hoje já desativado, localiza-se na propriedade da Família Christamann, que o utiliza como depósito.
Conta-se de que o hospital pertencia a Comunidade Evangélica Alemã da Linha do Rio. “No hospital eram feitas cirurgias das mais complicadas, foram salvas muitas vidas naquele local”. 
Processos cirúrgicos erram feitos a base de Éter  colocado em um pano e posto sobre o nariz do paciente, o qual dormia e não sentia a dor. Quanto aos remédios, o estoque ficava armazenado em um porão, embaixo do hospital, como forma conservação.


Imagem 07:  hospital
Fonte: Acervo Pessoal


   Também contava-se com um famosos Salão Comunitário, na época denominado como Salão Ziemann, Era um salão de bailes e atendia a mais alta sociedade de época. Servia como ponto de referência para os tropeiros/cavaleiros, bem como era um local de estalagem dos viajantes. 
Na época existiam poucas igrejas, no entanto, o local também servia como "capela", para que se realizasse  velórios da comunidade em geral.”

Imagem 08:   Salão comunitário
Fonte: Acervo Pessoal


    Sobre o entorno ainda podemos destacar as potencialidades existentes, como por exemplo, os recursos hídricos.
      A localidade de Linha do Rio, recebe este nome, devido ao fato de que praticamente todas as propriedades são cortadas pelo Rio Pardo.
Imagem 09:    Rio Pardol
Fonte: Acervo Pessoal



      Além disso, nas proximidades da escola também podemos destacar um fenômeno natural ocorrente, sendo a junção do Rio Pardo com o Arroio do Quilombo.




Imagem 10:  Junção do Rio Pardo com o Arroio Quilombo
Fonte: Acervo Pessoal

     Com tantas belezas naturais, o turismo também vem conquistando espaço na localidade. Sempre respeitando as leis ambientais, produtores vem apostando no turismo como fonte de renda de suas propriedades.
     
   A disponibilidade farta dos recursos hídricos, também resultam em algumas ações necessárias, como a construção de pontes utilizadas para que os moradores possam passar de tratores e carroças para fazer o cultivo de produções nas áreas localizadas as margens do rio e arroio, nas chamadas vargens. 
Imagem 11:    Ponte de acesso a lavouras
Fonte: Acervo Pessoal


           Também é comum encontrarmos as famosas pinguelas. Linha do Rio conta com quatro delas, que tem por finalidade principal unir esta localidade com a localidade de Linha Passa Sete, localizada as margens do outro lado do rio.
     Conta-se de que antigamente estas “pinguelas” eram construídas pelos próprios moradores da comunidade, que juntavam algumas tábuas e as construíam. No entanto devido a sua grande utilidade, passaram a ser construídas pelo poder púbico. 

Imagem 12:    Ponte pencil
Fonte: Acervo Pessoal


   Depoimentos de protagonistas da história local, contam de que a comunidade também contava com outro meio de acesso de uma localidade a outra. Uma famosa barca, responsável pela travessia de muitas pessoas. E era por esta barca que pessoas de outras cidades se deslocavam até o centro de Candelária. O barqueiro de época era o Sr. Apollo.         Por lá passavam as charretes, cavalos, carroças, carro e o gado que abasteciam estabelecimentos locais. A barca suportava um peso de até 20 mil kg, e era puxada manualmente por uma espia de aço.



Imagem 13:    Barca
Fonte: Alcení Gassl


    A localidade possui terras muito férteis de solo areno-argiloso, de fácil manejo aos agricultores proporcionando uma alta produção a cada colheita.
Imagem 14:Visão geral do relevo
Fonte: Acervo Pessoal


      Aspectos geográficos contribuem muito para o pleno desenvolvimento da comunidade. E se a colheita é boa de produção farta, é preciso de organizar para a secagem de grãos, para isso a localidade conta com um secador de grãos, organizado de forma de associação. O Condomínio, como é chamado, atende cerca de 15 famílias.


Imagem 15:    Condomínio
Fonte: Acervo Pessoal



Conta-se por um caminhoneiro antigo, de que outro meio de desenvolvimento da localidade, foi o asfalto.O trajeto de 15 km sua casa até o sede do município era realizado em cerca de 40 minutos, e hoje pode ser feito em 15 minutos. A localidade de Linha do Rio, é a unica no meio rural que possui suas estradas asfaltadas.


Imagem 16:  Asfalto
Fonte: Acervo Pessoal


    Desta forma encerro os relatos do entorno escolar, ressaltando de que assim como a localidade de Linha do Rio tem sua história, cada localidade, local, ou pessoa, também possui a sua. É preciso conhece-la para que se saiba a nossa origem, somente a conhecendo, percebemos as mudanças e seus valores. Tenho claro, de que esta é apenas uma parte, ou seja, fragmentos de relatos adquiridos. Tudo o que aqui consta, foi coletado através de conversas com líderes e pioneiros locais.
     Para finalizar, faço referência ao livro Marxismo e a Filosofia da Linguagem, escrito por Mikhail Bakhtin que através de sua obra nos faz pensar que não estamos sozinhos no mundo, precisamos do outro para nos comunicarmos e conhecer melhor o nosso entorno bem como a realidade que iremos nos inserir, ele ressalta de que a linguagem da historia de cada local é social e não individual, e é com o contato com os pioneiros e lideranças que podemos conhecer melhor esta realidade e valorizá-la por sua historia.

OBS: Por questões éticas, optei em não mencionar nomes e nem fotos das pessoas entrevistadas. 

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Candelária ♫

Apresento-lhes a minha cidade: Candelária


Candelária foi fundada em 7 de julho de 1925, sua população atual é de 30.171 hab, possui uma área de 940,11 km².
 O município possuí 4.725 propriedades rurais, com média de 20 há, onde as principais culturas produzidas são a cultura do tabaco, calçados, móveis, produtos cerâmicos, milho, arroz, soja, feijão, ovinos e bovinos, da agricultura oriunda mais de 60% da economia do município.
O relevo varia de montanhoso no norte, contando também com chapadas, planícies retilíneas e coxilhas no sul, sendo uma área de transição do Escudo Rio-Grandense.

Minha cidade ocupa a área central do estado, assim como podemos observar no mapa:


Faz limite com as as cidades de : Novo Cabrais,  Vale do Sol, Vera Cruz, Rio Pardo, Cachoeira do Sul, Cerro Branco e Passa Sete,  pelas vias de acesso da RS 287, RS153, RS 400, RST 410 o que facilita o escoamento da produção dos produtos da agricultura, que é a principal economia do município.




Candelária –  A capital dos dinossauros
A terra do botucaraí é uma das raríssimas localidades que teve o pivilégio de guardar em suas entranhas esse patrimônio inestimável, que tanto veio enriquecer o estudo da Paleontologia.
Há milhões de anos várias espécies de dinossauros viveram por aqui e daqui já foram extraídos  vários esqueletos completos de dinossauros, podendo ser encontrados na Alemanha, Estados Unidos além de vários museus do país, e é por isso que nosso município é considerado a capital dos dinossauros.


Símbolos
Brasão - Foi criado pelo professor Arno Immig, o brasão do município de Candelária foi instituído pela Lei Municipal n°6, datada de 7 de julho de 1970.
O brasão é constituído de um escudo com uma águia na parte superior, que simboliza a colonização germânica. Logo baixo, representando o povo luso, encontra-se uma cruz. Cada um dos quatro quadrados possue um desenho com um significado específico: um facha aceso simbolizando o espírito dos primeiros colonizadores; o Cerro Botucaraí e a Ponte do Império como patrimônios históricos, por fim, o símbolo da indústria e comércio, significando o progresso. Um ramo de arroz à direita e outro de fumo à esquerda, ambos florescendo, aparecem sustentando o brasão, simbolizando a importância da agricultura.



A bandeira - Por incrível que pareça a bandeira foi criada por uma aluna do 1° ano do ensino médio do Colégio Medianeira: Mara Porto.
Em 1975 havia sido feito um concurso para desenhar a bandeira de nosso município, ela recebeu apoio de sua irma que na época era professora de artes. O desenho foi criado a partir de informações de arno Immig, autor do brasão. Simbolizando o céu, o fundo é azul e o branco traduz a paz.



Mascotes: Candinos
Os mascotes são baseados na descoberta dos inúmeros fósseis de dinossauros.



"(...) vê que bela paisagem se vislumbra,
vê que solo fecundo e abençoado(...)" ♫
 
Turismo - Belezas Naturais e Boas Práticas em Destaque

O turismo vem conquistando seu espaço, principalmente no interior, onde está sendo apontado a necessidade de diversificação de culturas, que atualmente é o tabaco, e as boas praticas vem sendo reconhecidas e divulgadas, aumentando assim a atividade turística de nosso município.
Cascata da Ferradura
Situa-se na localidade de Roncador, quase divisa com o município de Sobradinho. Está escondida entre penhascos e matas e somente aquele com muita coragem para  visualizar sua beleza pois até mesmo os raios de sol, tem dificuldade de entrar.

Ponte do Império 
Está situada na localidade de Alto Passa Sete, a 17 quilômetros da cede do município, f oi construída entre os anos de 1879 e 1880, pelo arquiteto e imigrante alemão Carlos Himberto Puhlmann, Passaram por esta ponte, tropas muares, com cargueiros de mercadorias – a erva mate – fazendo comércio entre os habitantes do “pampa” e os de “cima da serra”

Engenho da Serra Moinho Colonial
Também são localizados na localidade de Passe Sete, a poucos metros da Ponte do Império. São património restaurados e é a própria natureza que impulsiona seus funcionamentos apartir da água que por ele passa.



Aqueduto
Localiza-se na localidade de Linha Curitiba, mede 304 metros de comprimento e possui  79 arcos.
“Sobre o dorso do Aqueduto, fluía a água captada no Arroio Molha Grande, que acionava duas rodas d’água, gerando força motriz para mover um engenho de serra, um moinho de milho e trigo, pilões para o cancheamento de erva-mate e um pequeno descascador de arroz, estando tudo desativado há muitas décadas.” Fonte: http://www.candelaria-rs.com.br/ 

Fonte: Cristiana Rehbein.

Cerro Botucaraí 
Localiza-se na localidade de Vila Botucaraí. É considerado um dos morros isolados mais altos do estado. Existem muitas lendas sobre o mesmo, e é por uma destas lendas que em todas as sextas feiras santas centenas de pessoas sobem o morro para pagar promessas, colher chá de marcela e buscar a água que é considerada santa.
Fonte:Cristiana Rehbein.

Balneário Carlos Larger 
Popularmente conhecido por “prainha”, o balneário localiza-se as margens do rio pardo, é palco de lazer aos finais de semana. Durante a temporada de verão o balneário Carlos Larger proporciona eventos importantes como o Campeonato Praiano de Futebol Cinco, campeonato de vôlei e o Concurso Musa do Sol.
Fonte: http://www.candelaria-rs.com.br/


Horto Medicinal Girassol
Iniciativa de um grupo de mulheres da localidade de Alto Passa Sete, com intuito de resgatar a tradição de cultivar e produzir ervas, chás, e xaropes e outros remédios que eram feitos nos tempos passados.
Lá encontramos uma grande variedade de chás e ervas, canteiros representativos em forma de madala, com mais de 100 variedade de ervas aromáticas e condimentares além do relógio do corpo humano.

Fonte: Cristiana Rehbein

Museu Rural
O Museu Rural localiza-se na localidade de Alto Passa Sete. É um espaço que permite aos visitantes  visualizar instrumentos e utensílios usados pelos personagens que habitaram a região desde a passagem dos tropeiros. Riqueza histórica e cultural.
Fonte: Cristiana Rehbein




Agroindústria Rodeio da Figueira
Situa-se na localidade de Alto Passa Sete, tem como matéria-prima o melado.
O empreendimento é totalmente tocado pela familia Hennig. A denominação do nome está associada a uma grande árvore de figueira que existia à beira da estrada, hoje desaparecida. Conta-se de que ao lado desta figueira existia uma alambique que vendia cachaça e melado aos tropeiros que ali cruzavam.




Festas
As festas também vem a atribuir para divulgação das boas práticas locais, principalmente as iniciativas dos pequenos agricultores de nossa cidade, e é por este motivo que lhes apresento algumas delas.




Expocande

A comunidade candelariense, sentia a necessidade de realizar um evento capaz de demostrar a força econômica e suas potencialidades para a região e o estado, bem como proporcionar lazer, entreterimento e integração aos vistantes e por isso foi criada a festa/feira da Expocande.

ChocoCande
A chococande é uma festa realizada durante a páscoa,valorizando o sabor do chocolate caseiro e as belezas do artesanato local. A promoção é da prefeitura, através do gabinete da primeira-dama e da secretaria municipal de Assistência Social, e teve apoio do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Candelária e da Emater.
Os chocolates são feitos pelos grupos de mulheres do interior do município, que recebem capacitações para a fabricação dos chocolates. Estes, se unem, formando assim um grande grupo que se organiza para fabricar os doces da festa, e o lucro e repartido igualmente entre todos os grupos participantes.
Fonte: Cristiana Rehbein
Roteiro de Gastronomia Sabores Coloniais
O Roteiro de Gastronomia Sabores Coloniais busca a valorização das comidas típicas do interior do município de Candelária. Promovido pela Prefeitura Municipal, através da secretaria de Turismo Cultura e Esporte e Emater/Ascar, o roteiro foi definido através de um prévio mapeamento, nos quais foram observadas características próprias de cada localidade incluída. Em 2011, a idéia é promover uma etapa a cada mês, na qual está incluída também uma proposta cultural, em que a cada festival será realizada uma apresentação artística.
As atrações do Roteiro são os seguintes: Festival do Arroz, Festival das Carnes e do Chucrute, Festival do Churrasco, Festival da Cuca e da Lingüiça, Festival do Porco no Rolete e Festival do Custelão.
As apresentações artísticas ficam a cargo da Associação Cultural de Candelária Érico Veríssimo, CTG Sentinela do Pampas e Orquestra do Colégio Medianeira.



 
FESTA DA COLONIA
Caracterizada por uma forte influência germânica, a cidade de Candelária vem realizando nos últimos quatro anos a Festa da Colônia, em comemoração ao aniversário do município.
Na zona rural, mais conhecida como colônia, podemos identificar hábitos e costumes trazidos por imigrantes alemães, e, a gastronomia é uma dessas heranças. Com a finalidade de valorizar as delícias produzidas pela colônia foi idealizada em 2008 a 1ª Festa da Colônia em Candelária. 

Comunidade: Linha do Rio 

Linha do Rio é conhecida como a “localidade da terra boa”. Banhada pelo arroio do Quilombo e o Rio Pardo, possui áreas planas as margens dos rios, com o solo areno-argiloso, de fácil manejo aos agricultores e de ótima fertilidade.
Fonte: Cristiana Rehbein Acervo: Pessoal - encontro do Rio Pardo com o Arroio Quilombo


Belas paisagens se fazem presentes por conta da preservação das matas.
Fonte: Cristiana Rehbein
Fonte: Cristiana Rehbein. Acervo: Pessoal 



 A comunidade também conta com uma escola pólo, que atende cerca de 265 nos turnos de manhã e tarde.
Fonte: Cristiana Rehbein


A soberania alimentar se faz presente em minha localidade.
Fonte: Cristiana Rehbein. Acervo pessoal.


Linha do Rio, é uma localidade bastante desenvolvida, muito rica em recursos naturais, além da diversidade cultural, a localidade é destaque na agricultura familiar, pois possui índices de produção bem elevados, e obviamente é um ótimo lugar pra se morar.

 Para conferir mais sobre a riqueza de minha cidade/comunidade, venha você conhece-la pessoalmente!

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Homenagem ao meu pago

Hino do Rio Grande do Sul

 

Como aurora precursora
Do farol da divindade
Foi o 20 de Setembro
O precursor da liberdade

Mostremos valor constância
Nesta ímpia e injusta guerra
Sirvam nossas façanhas
De modelo a toda Terra
De modelo a toda Terra
Sirvam nossas façanhas
De modelo a toda Terra

Mas não basta pra ser livre
Ser forte, aguerrido e bravo
Povo que não tem virtude
Acaba por ser escravo

Mostremos valor constância
Nesta ímpia e injusta guerra
Sirvam nossas façanhas
De modelo a toda Terra
De modelo a toda Terra
Sirvam nossas façanhas
De modelo a toda Terra
                                                        

domingo, 15 de maio de 2011

"Toda realidade está submetida à possibilidade de nossa intervenção. A história da luta pela justiça rural e agrária nesse país revela a superação da posição inicial da adaptação e adequação, inclusive como uma forma de defesa. Uma das razões da minha luta e presença no mundo é que, como educador, eu posso contribuir para que se vá além dessa passividade, do que chamo de posturas rebeldes e transformadoras do mundo"

PAULO FREIRE
em entrevista concedida à TV PUC de São Paulo de 1997

domingo, 17 de abril de 2011

Publicado na Web


Este é o link do trabalho realizado e publicado na Web sobre Cilbercultura:

https://docs.google.com/document/pub?id=1Y34Mz9sYnbmT-JEj5dDNSAXuzR43spPw3lUO_RDA19s&pli=1


 
Trabalho realizado por:
Maria Vladir Moraes
Lidiane Rodrigues
Cristiana Rehbein
Acadêmicas do curso de Licenciatura em Educação do Campo

domingo, 3 de abril de 2011

Gurias guerreiras


Colegas do Curso de Educação do Campo - UFPel

Polo Cachoeira do Sul

 

Fonte: Fotógrafa: Lúcia Helena Caetano - 1ª aula (15/03/2011)

quarta-feira, 30 de março de 2011

Mensagem de Reflexão

Colegas, gosto muito de uma frase que diz assim:

"nem sempre podemos construir o futuro para nossa juventude, mas podemos construir nossa juventude para o futuro" (Autor desconhecido)
Acredito que esta frase retrate nosso futuro e nossa missão como educadoras! 





Imagem 01: Fonte: http://escolajmbarroso.blogspot.com/2010/11/escola-joao-moreira.html

Comunicação e Educação

            Atualmente podemos dizer que tudo  mudou, de uma forma geral, estas mudanças nos fazem perceber que estamos vivendo em um mundo melhor.
            É fácil descrever as formas de educação e de comunicação dos dias de hoje, pois estamos vivenciando esta era, temos TV, celular e computador como formas de comunicação e que também podem ser usadas na educação,principalmente o computador, como meio de pesquisa.
            Há 40 anos atrás  isso não era possível,  pois os meio de comunicação mais usados eram cartas e telegramas meios que exigiam um certo tempo para se obter alguma resposta, dificultando o processo de informação.
            Os alunos de hoje, porém não sabem de um terço das dificuldades passadas em décadas anteriores.
Sabemos que não existia transporte, os alunos que moravam mais próximos da escola deslocavam-se a pé, e quem moravam mais longe normalmente  ia a cavalo.
            O professor normalmente morava na escola ou em residências de famílias próximas, e o material de apoio nas aulas era o giz e o quadro negro, além dos escassos livros didáticos.
Hoje a condição é um pouco mais tranquila,  as escolas recebem gratuitamente  livros didáticos fornecidos pelo MEC,  para serem distribuídos  aos alunos, servindo como material de apoio para o professor, quanto a questão do transporte algumas coisas também mudaram, o aluno é pego praticamente na porta de casa e desembarca no pátio da escola.
                        A educação de 40 anos atrás,é muito diferente da atual, por isso busquei informações com a srªa Vitória Lurdes Bringmann, minha visinha, ela afirma: “ antigamente os pais consideravam o professor como o responsável pela educação do filho. Apoiavam as decisões do professor. Isso não mais acontece, pois têm pais que defendem seus filhos, mesmo sabendo que eles não são “anjinhos”.             Antigamente, muitos pais não sabiam ler e escrever, por isso o professor era considerado o mestre, aquele que sabia tudo.Hoje, muitos pais também estudaram e discutem com os professores até sobre conteúdos, se são importantes, necessários, ou não ”, as coisas mudaram.
            Quanto ao futuro D. Vitória argumenta; “tem pessoas que dizem que o professor está em extinção, em função da tecnologia. Não penso assim. Mesmo com toda a tecnologia, sempre será importante e necessária a figura do professor para o aluno. Mesmo que o aluno tenha onde pesquisar, sempre deverá ter alguém que o oriente”.

 Imagem 01: Educação antes e agora. Fonte: http://filosofonet.wordpress.com/2009/07/19/afinal-qual-e-o-problema-da-educacao/

"Candelária parcela do Rio Grande, é pedaço do imenso Brasil" ♫

 
Nasci e moro na cidade de Candelária, fundada em 7 de julho de 1925, está localizada ao Centro do Rio Grande do Sul a 195 km de Porto Alegre. Possui 30.176 habitantes, situados entre a várzea, campo e serra.
A economia da cidade oriunda basicamente da agricultura. Temos como principais culturas a produção de tabaco, arroz, feijão e milho. No entanto a realidade vem apontando a necessidade de diversificação no setor agrícola.
A economia da localidade de Linha do Rio, é umas das mais importantes, é conhecida como a “localidade da terra boa”. Banhada pelo arroio do Quilombo e o Rio Pardo, possui áreas planas as margens dos rios, com o solo areno-argiloso, de fácil manejo aos agricultores e de ótima fertilidade.
A história desta localidade começa na época da chegada dos primeiros colonizadores alemães (povoação Germânia) à Candelária por volta de 1860. Toda a margem esquerda do Rio Pardo pertencia a Santa Cruz, incluindo a Linha do Rio. Mas o proprietário desta vasta região, Francisco Antônio Borges, a dividiu em lotes e  a vendeu mais tarde.
Fatores como o crescimento populacional, da agricultura e pecuária, comércio e indústria, justificaram a elevação do distrito à categoria de Freguesia, com a invocação de N.S.da Candelária, através da Lei Provincial nº 1038, de 09 de maio de 1876. Foi a partir dessa Lei que toda a margem esquerda do Rio Pardo, desde a Linha do Sul, Linha Facão, Linha Alta e Linha do Rio, passou a pertencer a Candelária.
Sempre ouvi história falar bem deste lugar, na busca de mais informações procurei a srª Olívia Rehbein, minha avó para me contar um pouco mais deste passado.
Havia aqui um hospital, que hoje nos faz muita falta, e várias casas comerciais, onde se encontrava de tudo, desde produtos alimentícios, tecidos, ferragens, o que não era produzido pelos próprios habitantes. Também havia vários salões de baile com sociedades organizadas. Os bailes não aconteciam com tanta frequência como hoje. Aconteciam bailes de Páscoa, Natal, Ano Novo e eram organizados pelas sociedades. Respeitava-se muito a época de quaresma.” Afirma.
Cada família era responsável por dar continuidade a uma atividade diferente, D. Vitória Lurdes Bringmann, minha vizinha, relata “as famílias envolvidas com casas comerciais como Rohde, Jost, Priebe, Beise, Schuck, entre outros. Proprietários de salões de baile: Ziemann,Wegner, Schünke, Baier . Famílias envolvidas com comunidades religiosas e escolas: Krug, Rehbein, Faber, Hübner, Hintz, Kellermann, Radtke, Lindemann, Zuse, Pagel, Koepp, Mundstock, entre tantos outros.”
Quanto às crianças daquela época D. Vitória diz: “eu era sozinha, e brincava de boneca, e essa era minha diversão. Depois de mais grandinha, participava de festas e bailes juntamente com meus pais, pois eles participavam de diretorias de sociedades e tinham que me levar junto. Não podia ficar sozinha em casa.”.
Ela também faz uma comparação de 40 anos atrás com os tempos de agora, “comparando esses tempos passados com a atualidade, estamos vivendo uma situação muito boa. Temos muitos meios de diversão. Tem bailes, acho até demais. Temos uma tecnologia avançada, se bem que ainda não ao alcance de todos. Mas quem não tem um rádio, uma TV, um celular em casa? Várias famílias já têm computador com Internet e com isso, Orkut, MSN, E-mail, principalmente em nossa localidade.”
Linha do Rio, é uma localidade bastante desenvolvida, muito rica em recursos naturais, além da diversidade cultural, a localidade é destaque na agricultura familiar, pois possue indices de produção bem elevados, e obviamente é um ótimo lugar pra se morar.

Imagem 01: Cerro Botucaraí ao fundo, com o Aqueduto a frente (Pontos Turísticos de Candelária)Acervo: Site da prefeitura municipal de Candelária

  
Imagem 02: Imagem ilustrativa da localidade de Linha do Rio (minha propriedade)

Fontes:
Livro: Candelária “Sua Gente e Sua História” de Aristides Carlos Rodrigues